terça-feira, 15 de junho de 2010

Três

E ela estava perdida, sem rumo, sem luz, sem direção
Ela estava entre a segurança e a grande paixão
Entre o apego e o amor por direito
Ou continuava no jardim, ou entrada em mata fechada
Ela estava entre o "meu bem" e a "minha grande amada"

Ah! Mas também haviam terceiros
Então também estava entre nós e eles
Entre a cidade e o mundo
Entre a parede e o castelo
Entre a vida e a eternidade

Se limitava ao que os olhos viam, mas sua alma desejava e buscava mais
Mas buscava e desejava o que?
Segurança e aventura não combinam
Apego e liberdade não se completam
Não se sabe o que se quer, não há sinais

Ela continua perdida a olhar para o relógio, que exige dela grande e firme resposta
Seu olhar transpassa os ponteiros, transpassa o material
Procura o certo, ou o menos errado
Há?
Deve cultivar o que já existe?

Deve olhar para o melhor retrato de família e se instalar ali?
Ela está confusa
Se lhe perguntarem qual a diferença entre um girassol e um cravo, ainda assim pensaria muito para responder
Já que um nasce para si e o outro para o sol

Um se contenta com o lugar onde nasce e ali cresce
O outro, mesmo sendo maior, amarelo, ainda assim busca a luz, busca o brilho, não se contenta em ser quem é
O que se deve seguir então?
A estrada já existente?
Ou o caminho ainda não explorado?

[...]

Só se vive uma vez, chance para a felicidade por várias vezes bate em nossa porta.
Afinal, o que deve ser feito?

(06/07/09)

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